Levada do Caldeirão verde






Mais uma das levadas que tínhamos planeado para esta primeira incursão na Ilha da Madeira.
Sem dúvida que as levadas aqui são um pouco diferentes daquelas que já tive oportunidade de conhecer no continente, especialmente porque levam sempre água, e porque estão em zonas em que os declives são muito acentuados, e onde a construção das mesmas foi certamente muito difícil e perigosa para os trabalhadores.






Atualmente creio que a sua mais valia estará também muito ligada ao setor do turismo, e ainda bem que assim o é.
Neste caso tivemos a sorte de ir acompanhando um grupo de turistas, em que o guia local ia dando as "dicas" e fornecendo algumas explicações, em inglês, sobre os locais que íamos passando, e sobre a construção desta levada.





O percurso inicialmente é simples e bem largo durante um grande período. Passámos por 4 tuneis, alguns deles já com alguma dimensão, o que torna muito aconselhável a utilização de iluminação (lanterna/ frontal), para facilitar a progressão.
Tal como noutras levadas, para chegar ao destino, andamos a contornar as montanhas, e o que parece próximo acaba por dar muitas voltas.





Já perto do Caldeirão Verde temos uma zona de enormes escarpas, onde a levada foi mesmo escava na rocha da montanha, que desce a pique, e aqui é necessário cuidado, porque as proteções não estão com uma segurança de nos deixar completamente descansados, pelo que a prudência é o melhor remédio.
Chegando-se ao Caldeirão Verde, temos uma grande cascata, em termos de altitude, mas em que o fluxo de água não é considerável, e tudo em redor faz lembrar que estamos bem no fundo de um grande "caldeirão", com escarpas em toda a volta. Existe uma Lagoa que acumula a água vinda da montanha, e depois vai deixando seguir alguma para zonas ainda mais baixas.
Aqui é o ponto de referência, onde ficamos um pouco a recuperar energias, antes de inicia o regresso. Existe a possibilidade de continuar mais para a frente, sendo que quanto mais andarmos, mais temos de andar para trás.



O aglomerado de turistas nesta levada não foi tão elevado como na Levada das 25 Fontes, pelo que foi abordado com mais calma.
No regresso ainda houve tempo para um pequeno desvio, no final dum dos tuneis, onde se cruza um caminho que segue para o Pico do Arieiro... e que vontade me deu de seguir esse caminho... mas terá de ficar para outras jornadas.






Muito agradável este percurso, sem grandes obstáculos, e acessível a todos, mas a parte final não é aconselhável a quem sofre de vertigens.





Comentários

  1. A levada é linda. Fui aí o mês passado, mas devido ao caudal da chuva da "ribeira" do caldeirão verde, não conseguimos chegar à do Inferno. Vale bem a pena a caminhada.

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