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A mostrar mensagens de 2012

Uma viagem à minha terra

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Apesar da minha aldeia não ser assim tão distante, a minha ida lá não é tão frequente como seria desejável, mas hoje lá fomos dar um passeio pelo interior da Beira Litoral. Foi muito agradável poder constatar que ainda existe um espírito de comunidade, de camaradagem  em que se vão construindo algumas coisas, em que se consegue ir um pouco para além do nosso individualismo.  Também é super agradável poder desfrutar das excelentes cores que o Outono nos tem para oferecer, que permitem obter um conjunto de tonalidades muito diferente. Ainda existe a possibilidade de procurar pelos pinhais os cogumelos que nesta altura vão aparecendo. Desta vez a procura foi mais documental, através de fotografias, porque aqueles que consideramos serem próprios para consumo humano, estavam muito escondidos. Em resumo, é sempre bom voltar às origens, esquecendo crises, esquecendo outros objectivos  apreciando os bons momentos, apenas com a família, com aqueles que mais gost

Viva a miséria portuguesa

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Hoje, um dia depois de Portugal ter ganho ao Luxemburgo por 2-1, e acima de tudo, depois de nos terem sido dadas perspetivas de que vamos ter um futuro melhor por parte de sua Exa. O Primeiro Ministro, cujo nome nem sequer quero referir, pois só me vêm à mente palavras cuja descrição são impróprias, confesso que se futuro existe não é para nós, não é aqui. Custa-me a escrever isto, porque sei que, pelo menos de forma consciente, não contribuí para nada do que está a acontecer, no entanto vejo-me forçado, obrigado, a contribuir para este roubo que me estão a fazer, e o que posso fazer? O que podemos fazer? Lembro-me, quem não se lembrará, das “lágrimas de crocodilo”  deste mesmo animal que agora nos governa, quando ainda durante a vigência do anterior governo, nos veio pedir desculpa por ter ajudado a aprovar algo que não achava correto, mas diga-se, comparado com o que ele tem feito com o seu povo, aquilo não representava nada. Existiu muita culpa no que agora estamos a s

A nossa situação atual

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A nossa situação atual quase que não necessita de ser abordada uma vez que quase tudo o que é comentador, quer seja politico, ou pior, economista, está sempre a abordar estes assuntos e a opinar com teorias da inevitabilidade dos acontecimentos. Feliz ou infelizmente inevitável e certo apenas temos a morte, isto independentemente das nossas crenças ou falta delas. Estando agora no mês de Junho de 2012, aquele em que muitos dos nossos funcionários públicos recebiam o “privilégio” que era o subsídio de férias, e que este ano vai para ajudar a pagar juros de uma dívida que todos nós contraímos (embora eu continue a achar que apenas sou responsável pela dívida que conscientemente assumi…), começa a notar-se alguma reação das pessoas, que parece que até estavam adormecidas, e que agora ao sentir a falta de algo que tinham como certo vão ter muito mais dificuldades para cumprir as suas obrigações. Questiono-me sobre a qualidade dos políticos que temos atualmente a governar

Uns anos para trás

Apesar de ultimamente tentar encarar tudo o que se passa por cá com uma outra atitude, deixando de lado aquele sentimento de estarem quase constante desacordo com as opções que nos têm sido impostas, existe sempre algo que me faz lembrar que afinal as coisas não estão de forma a que possam ser ignoradas. De forma ocasional ouvi uma reportagem na rádio, na Antena 1, http://www.rtp.pt/programa/radio/p1043/c80226  , em que se relata um excerto de uma vida de um casal, desempregado, com 3 filhos, e que me fez lembrar de algumas situações vividas há mais de 30 anos... e fiquei a perguntar-me como é que isto é possível? Como é que andamos este tempo todo com a expectativa de que havíamos, pouco a pouco, de recuperar alguns dos atrasos que tínhamos para os países mais desenvolvidos, e agora, pura e simplesmente vamos deliberadamente empobrecer... Ao contrário de muitos, daqueles que hoje são laranjas, que ontem foram rosas, que um dia foram vermelhos, etc... não creio que a culpa desta situ

Um triste destino para um país tão interessante

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Ao andar um pouco por este país, e por vezes este andar não significa sair para locais muito distantes daqueles que nos são mais familiares, ou porque são perto da nossa residência, ou porque são perto do nosso local de trabalho, ou porque nos dizem algo... encontramos alguns paraísos perdidos, monumentos que nos retratam a passagem de povos antepassados pelo nosso país, ou ainda locais de uma beleza que a natureza nos proporcionou. Com a actual conjectura o que estamos a fazer, para além de deliberadamente estarmos, cada um de nós, a ficar mais pobres (e somos, no global culpados pela citação, pela nossa não indignação - e por indignação basta apenas afirmar que não se está de acordo, nada mais), e no global tudo está a ser destruído, o património edificado fica abandonado, o património cultural não é mantido, e o caminho destes srs que agora nos governam baseiam-se em deixar tudo nas mãos de uns "privados", de uns mercados, que esses sim, irão cuidar de tudo, c

Uma passagem por Aveiro

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Queria de alguma forma relatar a minha breve passagem por Aveiro nos últimos dias, mas nem sei por onde começar, isto porque as coisas não estão fáceis, e nos dias que correm nem sempre conseguimos encontrar algo de bom. Gosto de observar os locais por onde passo, e verifico com muita alegria que o nosso pais está cheio de paisagens fantásticas, quer sejam rurais, urbanas, junto ao mar, nas montanhas, no continente, nas ilhas... e o que estamos a fazer para aproveitar isto? Bem, isso é algo que um dia, quando a história relatar as duas primeiras décadas do sec. XXI nos dará uma perspectiva mais abrangente. Hoje, consoante a nossa condição, as nossas preferências, o bom senso de alguns e a falta do mesmo por parte de muitos, tudo é muito relativo. Assim, aqui vão algumas imagens bonitas de Aveiro, uma cidade que vale a pena visitar, e por lá passear:

É preciso esperança....

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Este 2012 está a ser um bocadinho complicado... e isto de dizer bocadinho é ser optimista.  Sempre gostei de não ser nem optimista (tento sempre sê-lo quando o meu clube joga, mas depois do resultado normalmente passa-me), nem muito pessimista, mas a realidade dos últimos tempos tem-me levado a ir mais no caminho do pessimismo.  É no mínimo estranho que estejamos constantemente a ser solicitados a fazer sacrifícios, e embora uma franja significativa da população não os sinta (os que estão incluídos nas excepções, quer aquelas que são declaradas, quer aquelas que são inerentes ao ciclo de poder), já existem grupos sociais em que os limites já foram ultrapassados. Custa ver tudo a andar para trás e pensar que se calhar muitos de nós, a nível pessoal, vamos ter de entrar em "incumprimento" (aquilo de que o nosso estado se vai orgulhar de não fazer, mas à custa de alterar regras, apenas para um sector, deixando-o desamparado), e não temos alternativa. Tudo o que acon

2012... primeiras impressões

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O ano de 2012 já tem quase 2 meses, e parece-me que as anunciadas dificuldades estão a fazer-se sentir cada vez mais.  Como diria um qualquer politico, daqueles que se encontram no circulo da governação, "O povo Português sabe sofrer, sabe trabalhar, sabe dar tudo...", enfim, aquelas palavras motivadoras, embora eu desconfie, ou melhor, não acredite minimamente na sua sinceridade. È de admirar que com tanta injustiça a ser cometida, e de forma descarada, todos optem por não demonstrar que estão descontentes. A violência, a desobediência, não são soluções, em nada nos farão passar para o nível seguinte (seja ele qual for), mas pelo menos deveríamos ter mais dignidade no que pensamos, na forma como reagimos àquilo que consideramos ser injusto. De facto, neste momento um pequeno país como Portugal pouco pode fazer sozinho, estamos reféns de uma Europa que tem um condutor que lucra com toda esta situação, que aproveita a crise para aumentar o seu espolio, olhando com despr

2012 - Fim do Mundo?

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Agora que 2011 chegou ao fim é sempre uma boa oportunidade para se fazer um balanço, e olhando para trás, tendo uma atitude conformista, nada melhor que encarar como tendo sido um bom ano, afinal estamos vivos, ainda temos alguma saúde, a guerra ainda não chegou cá... Apesar se não ser esta a minha ideia, e de por vezes ficar descontente quando os outros tentam encarar a vida desta forma, embora deva concordar que assim não são tão infelizes, pois ver sempre a parte boa não nos deixa tão tristes, tão sem esperança. O facto é que o ano que passou não foi assim tão negativo. O que mais me preocupa neste momento não é tanto o que já passou, porque quanto a isso nada há a fazer, embora a História nos diga que se deve aprender com os eventos passados, mas por outro lado a humanidade está constantemente a cometer os mesmos erros (nem sempre da mesma forma, mas sempre em guerra, em disputas, em querer ser / ter mais que o outro, ...). As expectativas para o que aí vem é que não são nada