Na Serra da Estrela, entre a Lagoa Comprida e o Covão dos Conchos
O percurso que nos leva da Lagoa Comprida, um dos locais
mais visitados na Serra, para quem vem de Seia, e tem como destino a Torre, o
ponto mais alto, até à Lagoa dos Conchos, está hoje em dia cada vez mais
popular, sendo percorrido diariamente por muitos entusiastas, com o objetivo de
chegar ao local onde temos um “funil”, que nos aparece algo inesperadamente na
paisagem e nos faz questionar a sua origem ou a sua função, mas para ambas
existem explicações.
Os vídeos obtidos através dos atualmente famosos drones
vierem dar uma nova perspetiva a este local e a curiosidade ficou mais latente,
fazendo com que mais de nós vamos tentar chegar ao ponto No entanto, apesar de ser um percurso, para
quem anda habituado a caminhar um bocadinho, muito simples, quer pelo nível de
elevação, quer pelo piso, não deixa de ser uma caminhada na Serra, pelo que
devemos sempre ter em atenção as condições climatéricas, e a extensão do
percurso, em que ir e voltar ficam por volta dos 9Km (indo pelo caminho mais
curto). Durante esta nossa caminhada não podemos deixar de conservar alguns
curiosos que se aventuravam sem o equipamento apropriado. E quando me refiro a
equipamento não é nada de especial, um bom calçado, e uma roupa adequada, nada
mais… mas com sapatos e roupa de “domingo”, é mais complicado.
Começamos por deixar as viaturas automóveis junto à Lagoa
Comprida, no estacionamento que aí se encontra, e depois é começar a subir um
pouco, pelo estradão que segue junto à Lagoa Comprida, e que mais à frente nos
permite ver com mais detalhe a extensão deste grande lago artificial.
A primeira paragem consiste num ligeiro desvio, para a
esquerda do percurso, que nos leva a um ponto onde temos uma vista abrangente para
as Lagoas do Covão
do Curral e do Covão do Forno. Não se perde muito tempo, e ganha-se imenso
com esta saída do estradão, pelo que não se deve evitar este desvio. Quem tiver
interesse no geocaching, aqui também pode encontrar uma geocache.
Retomamos o nosso percurso, de volta ao estradão, sempre com
a lagoa do lado direito, e grandes pedregulhos do lado esquerdo.
Se o percurso for efetuado no inverno, do lado direito,
entre a estrada e a Lagoa comprida podemos observar algumas pequenas lagoas,
na sua maioria completamente geladas.
Caminhando um pouco mais, chegamos a um local que se
assemelha a uma grande eira, mas aqui com grandes pedras, que chamei de Aglomerado de
grandes pedras, mas não sei se existirá algum nome especifico para este
local, no entanto é um ponto de grande interesse, dada a peculiaridade da
disposição destas enormes pedras, que ali foram parar apenas por intervenção da
natureza.
Logo a seguir chegamos a um ponto onde o estradão fica mais difícil,
mesmo para veículos 4x4, onde se localiza uma casa com vista para
a Lagoa Comprida, e onde é possível encontrar um ou outro jipe parado, mas
a partir daqui não me parece muito simples a passagem, embora, para um bom
especialista da condução destes veículos talvez seja possível prosseguir. Não sei
se a casa tem alguma utilização especial, se é uma propriedade privada, mas que
tem uma localização fantástica, lá isso tem.
O percurso a partir daqui é a subir um bocadinho, com alguns
pedregulhos no estradão, e no inverno com algum gelo. Chegamos ao ponto mais
alto, e aí, do lado esquerdo, encontramos mais uma pequena lagoa,
esta quase completamente gelada, que oferece uma paisagem fantástica, mas é
preciso ter cuidado para não molhar os pés, pois com o gelo a derreter, tudo é
possível.
Andando um bocadinho, e estamos lá em cima, com vista para a Lagoa
do Covão dos Conchos, mas o grande ponto de referência ainda se encontra
escondido deste ponto, no entanto, a imagem em 360º é muito bonita. Vi que
houve aqui quem escolhesse o caminho a direito até à Lagoa, e é possível, mas
vai-se pelo meio do mato… é uma opção. Nós optámos por voltar ao estradão, o
caminho foi um bocadinho mais longo, mas demoramos quase o mesmo tempo.
Antes de chegar à Lagoa dos Conchos, ainda tive a
oportunidade de encontrar uma geocache, que se
encontra no cimo de uma pequena elevação, com uma vista interessante, e que
serve para marcar este lado da Lagoa.
Finalmente, o destino é um ponto onde temos outra cache, mas que
assinala o “funil”, construído nesta lagoa, que leva a água em excesso para a
Lagoa Comprida, e que com o tempo se tem vindo a tornar num ponto de interesse
desta Serra.
Umas fotos junto ao funil, e é tempo de retornar. O caminho
de regresso foi efetuado pelo mesmo estradão, agora num ritmo mais acelerado,
mas sempre apreciando as belas paisagens da Serra da Estrela.
No Inverno devemos ter todos os cuidados, tanto com a neve,
como com o gelo que pode dificultar a progressão. No verão deveremos ter em atenção
que não há sombras neste caminho, e o sol é forte por aqui.
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