PR2 AGN "Os Povos das Ribeiras de Piodam"
A ideia de realizar uma caminhada entre Piódão e Foz de Égua
já nasceu em 2012, altura em numa passagem durante o Verão se resolveu colocar
umas geocaches na zona, embora sem o objetivo de vir a tornar estes locais muito
conhecidos.
De facto, já há muitos, mesmo muitos anos que se houve falar
no Piódão, tanto como aldeia de Xisto, ou como aldeia Histórica. Após as
primeiras passagens por lá ficámos também encantados com a pequena localidade
de Foz de Égua, especialmente onde os rios se cruzam.
Em termos de caminhada, temos optado sempre por fazer o
PR2.1, que liga Piódão a Foz de Égua e retorno, constituindo um percurso
circular com pouco mais de 6Km.
Para facilitar e tornar a caminhada mais simples, começamos
a descer em direção às piscinas do Piódão, mas não chegamos lá, antes mudamos
de direção, para a direita, descendo por umas escadas por entre as casas, até
alcançar uma primeira ponte sobre a ribeira que vem do monte aqui junto ao
Piódão.
A primeira parte do percurso ainda tem alguns campos
agrícolas, em socalcos, que provavelmente não serão cultivados durante muito
mais tempo, pois os habitantes destas aldeias tendem a ir envelhecendo… No
verão é muito agradável ver que existe por aqui uma levada, por onde corre a água
vinda da ribeira, com destino aos campos. Acaba por ser refrescante. Durante o
inverno a mesma não leva água.
Nesta parte do caminho vamos quase sempre por carreiros,
passando por pequenos pontões, alguns muito interessantes. Aqui é também
interessante as variações que se encontram ao longo do ano, pois no inverno, e
com muita chuva, temos água a vir dos montes em grande abundância, tornando o
cenário muito diferente doutras alturas, em que o maior interesse é a vegetação
envolvente.
Existe uma zona, a cerca de metade deste primeiro troço,
onde temos de fazer um desvio para a estrada, e por aí andar cerca de 150m,
pois existe a indicação que o caminho original está em más condições… não sei
se é assim, pois nunca lá passei…
Quando se retoma o caminho em direção a Foz de Égua, temos
uma grande descida, por carreiros por entre as rochas. Mas mesmo assim não é
complicado, com calma faz-se sem problemas. Diga-se que esta parte do percurso
é que nos faz tomar a decisão de seguir neste sentido, uma vez que a subir
seria muito mais exigente.
Mais à frente começamos a avistar o cruzamento das ribeiras
que vêm de Chãs de Égua e do Piódão, na localidade de Foz de Égua. Aqui costuma
ser o nosso ponto de paragem para o almoço, porque é um local “mágico”, e ainda
tem alguns pontos de interesse para ver antes de retomar o percurso. Já para
não mencionar o número elevado de fotografias que se podem tirar aqui. O único
ponto que é mais relevante neste local é que no verão a represa da água torna
ainda esta zona mais bonita, para além de permitir aos destemidos ir ao banho
nestas águas geladas.
Depois de recarregados os ânimos, há que retomar o caminho,
agora por entre os montes, numa lenta subida, sempre em belos carreiros, até
que lá mais à frente iremos novamente entrar no Piódão.
Recentemente foram colocadas pelo menos duas cancelas nesta
parte do percurso, creio que as mesmas se destinam a que o gado que por aqui
anda a pastar não saia, mas para quem anda a caminhar, só tem que abrir e
fechar novamente, pois trata-se de um percurso oficial, e não existem registos
de quaisquer limitações à passagem.
No final da caminhada, é sempre recomendável um pequeno
passeio por entre as casas de xisto da aldeia do Piódão, pois é algo único, a
não perder.
Para terminar, o largo tem umas esplanadas bem acolhedoras,
para uns refrescantes momentos de conversa antes de partir rumo a outros
destinos.
É sempre bom voltar ao Piódão.
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