O tempo
O
tempo, aquele que corresponde à diferença entre dois momentos diferentes, sejam
eles mais curtos ou com uma maior distância, passa por nós com uma rapidez que
por vezes, demasiadas vezes, nos faz esquecer ou a não perceção das pequenas
coisas, que no final farão toda a diferença.
É pena
que a natureza humana esteja a seguir um caminho que nunca irá dar bom
resultado.
O
nosso tempo por cá é limitado, embora durante a existência terrena, em que os
diversos átomos se conjugaram por forma a dar vida aos seres que somos, seja
algo que não é aproveitada para deixar algo melhor para os que terão a
oportunidade de viver a seguir. A existência opulenta, e exagerada que alguns
fazem dos recursos que lhe são dispensados pelo planeta, é também ela limitada
ao tempo… depois, os átomos tomam outra forma, e quem sabe se não se irão
conjugar com outros, de outras origens…
Enfim,
nada é eterno, e quem domina o mundo sem nada produzir, sem nada construir,
certamente que terá o mesmo final que todos nós, que pertencemos aqueles que
necessitam de se ajustar… ajustar a quê?
Todos
temos direito a uma opinião, e todos gostaríamos de ver um amanhã melhor, e a
pena que tenho é que o passado não foi bem governado, o presente também não o
é, e as desculpas dos erros / crimes dos outros não podem ser o motivo das
nossas ações. Embora eu, pessoalmente, tenha a certeza que assim não o é, mas
existe uma cobardia enorme, que impede aqueles que tomam as decisões, de as
fundamentar com os seus verdadeiros argumentos, pois esses certamente são muito
cruéis e acima de tudo injustos para a grande maioria da população.
Nunca
pensei que o momento presente, em termos de expectativas pudesse ser tão mau,
mas tenho de dar os parabéns a quem nos governa, porque não só conseguiu ir
muito para além das piores expectativas, e ainda faz melhor, não nos permite
sequer vislumbrar a luz ao fundo do túnel. Apesar dos grandes indicadores
estarem a ser, supostamente, melhores do que seria imaginável, quem é que os
está a ver como bons fatores, no seu dia-a-dia.
Teria
mais de mil considerações negativas sobre a degradação, de alguém que trabalha,
que paga impostos, segurança social, e ainda não falhou com qualquer prestação
/ pagamento com o qual se tivesse comprometido, mas será que vale a pena?
É revoltante! Todos os dias me questiono para onde caminho... todos os dias tento vislumbrar a dita luz. Todos os dias chego à mesma triste conclusão, não há luz próxima... E assim nos vamos vergonhosamente habituando a esta escuridão, do viver um dia de cada vez, à espera de algo que não sabemos sequer, já o que é. Viver os nossos dias está a ser uma obrigação... Uma Era que se prometia tão próspera, (assim se embrulhava o capitalismo), está a tornar-se num desrespeito total pela condição humana! (Belo texto, Vieira!)
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