PR1 – Tondela – Rota dos Laranjais

Não tinha este percurso como sendo um dos mais interessantes, mas depressa se alterou a perspetiva tida sobre o mesmo, à medida que se ia progredindo, e descobrindo novos pontos de interesse.




Tendo sido realizado em fevereiro, podemos dizer que não se poderia ter escolhido melhor data, pois o nome “Rota dos Laranjais” ajusta-se plenamente ao que vamos encontrando pelo caminho, muitas laranjeiras, mesmo muitas, e com muita laranja, que dão uma cor diferente do tradicional verde, ficando tudo “salpicado” também de tons laranja.




Engraçado é que não parece haver um cuidado no aproveitamento das laranjas, existindo muitas no chão, algumas cobrindo quase totalmente o espaço que separa as diversas árvores. É sempre um incentivo para ser ir provando e obtendo alguma vitamina C para o caminho, embora a amargura dos citrinos seja mais comum do que a doçura…



Quanto à Pequena Rota, esse tem inicio no Santuário do Coração de Maria, que fica lá o alto, que tem um muito bom acesso por estrada, bem como um pequeno, mas muito agradável parque de merendas, e lugar para estacionar os veículos sem qualquer problema.


Optámos por começar a caminhada um pouco antes, na Igreja Matriz de Castelões (isto porque nos enganámos no acesso ao ponto inicial). De qualquer forma, é também um local muito bom para começar, e está em plena rota, a pouca distância do ponto recomendado para começar.
Também não seguimos as recomendações relativamente à direção, pois começámos pelo sentido contrário aos ponteiros do relógio, isto para deixar para o final aquela que é considerada por muitos como sendo o ponto mais agradável de todo o percurso.
Os passos são dados ainda na aldeia de Castelões, por entre casas, começando a subir, até chegar ao Santuário do Coração de Maria, de onde temos então uma vista fantástica, para as aldeias e paisagens em redor. Aqui o percurso começa a ser por um pequeno estradão, mas com uma inclinação muito profunda, sempre a descer, por entre mimosas já com a típica flor amarela. É necessário ter todo o cuidado, para não escorregar e cair.




Lá em baixo surge-nos a povoação de Ribeiro, que é alcançada depois de passar por alguns carreiros junto a laranjais, ou mesmo pertinho dos kiwis, que se encontram junto a um tanque à beira do caminho.
Vamos agora um bocadinho na estrada, até chegar a umas quedas de água, e um velho moinho. O ideal é mesmo fazer um ligeiro desvio da estrada, seguir uma placa que nos indica o Poço Silveira, pois é um local pertinho, mas muito interessante de ser visitado.





Seguimos agora por entre umas casas no lugar de Eiras, e depois os carreiros levam-nos através de campos onde temos um grande conjunto de laranjais. Ao fim de algum tempo começamos a subir, até encontrarmos uma antiga casa senhorial, agora totalmente abandonada, já em ruinas, mas com umas vistas muito interessantes. Aqui também se encontra um exemplar de eucalipto com umas proporções muito consideráveis, o que indica que já deve estar por aqui há alguns anos.





Segue-se mais um pouco até que chegamos a um parque de merendas, junto a um cruzeiro, que creio ser o Cruzeiro de Vila de Rei. Andamos um pouco mais para ir conhecer o local de Vila de Rei e voltamos ao parque de merendas, para uma pequena pausa, antes de dar inicio à parte com a maior subida.




Depois passamos por Figueiral, e entramos a seguir na zona mais interessante do percurso, descendo por entre castanheiros, junto ao rio, que vai levando as águas transparentes do topo da Serra do Caramulo até zonas mais baixas. Aqui a paisagem é muito bonita, e o caminho é feito num trilho muito interessante, sempre com o rio do lado direito.






Mais abaixo chegamos ao Lugar de Costa, onde fazemos um ligeiro desvio para procurar uma geocache, junto ao ribeiro, perto de um velho moinho. Aqui fomos surpreendidos por uma senhora idosa, que nos presenteou com umas laranjas, da sua propriedade, muito doces, e que deu um colorido especial a todo este percurso.




O caminho até voltarmos às viaturas é agora simples, mas ainda passando por mais uma zona, numa ponte sobre o curso de água, em que pequenas quedas de água dão um formato espetacular a todo este cenário.



Sem dúvida um percurso que surpreende e se torna muito agradável, com diferentes pontos de interesse ao longo do mesmo.




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