Caminho de xisto da Benfeita - 3ª edição - 2017
Pelo 3º ano consecutivo, na altura da Páscoa, que se realiza
uma caminhada no PR1 – AGN, com o objetivo de dar a conhecer esta zona, e
também de apreciar os locais de grande interesse e de beleza natural que nos
são oferecidos aqui na Serra do Açor.
Os participantes têm sido cada vez em maior número, tendo no
ano atual sido alcançadas mais de 60 presenças, que tiveram a ajuda do bom
tempo, para assim permitir, num dia de céu azul, um passeio muito agradável.
Como os participantes não são homogéneos, optamos pela
divisão em dois grupos, de acordo com a preferência pelo geocaching e também
pelo ritmo para caminhar, ou pela disposição para ir parando mais para tirar
umas fotografias aos locais por onde se vai passando.
Na Benfeita temos o ponto de partido, no largo junto à
piscina que se encontra na ribeira da Mata. Aqui assinamos o logbook para
marcar a nossa presença no evento, e para celebrar o facto de há alguns anos
ter existido uma tentativa de entrar para o livro dos records, com o maior
arroz doce do mundo, temos uma prova de arroz doce, caseiro, para assim também
dar um pouco mais de energia para o caminho que se segue.
A caminhada começa por entre alguns campos agrícolas, sem
grande desnível numa fase inicial, mas o caminho é sempre efetuado através de
carreiros, onde não é permitida a passagem a mais do que uma pessoa em
simultâneo.
Passado cerca de 1,5Km chegamos ao local onde outrora
estivera um velho moinho, e aqui já podemos observar uma primeira queda de
água, ainda em tamanho reduzido, mas que já nos permite ter uma noção do que
nos espera no percurso.
Daqui para a frente, e nos próximos 3Kms é sempre a subir,
passando por escadarias de xisto, com um grande declive, por entre castanheiros
e outras espécies de flora que dão uma beleza rara a este local,
independentemente da época do ano que por aqui passarmos. A meio da subida
temos ainda uma cascata, uns metros ao lado do percurso, mas que vale a pena o
desvio. Algumas pontes de madeira, alguns carreiros já com algumas centenas de
ano, que serviam de passagem para os habitantes de Sardal que vinham até à
Benfeita, em tempos longínquos, quando ainda não existiam as estradas que agora
ligam estas povoações, são também pontos de referência.
Ao longo do caminho existem bancos de madeira, com vistas
privilegiadas para os locais mais abaixo na montanha.
A próxima aldeia é Sardal, sempre muito calma, com pouco
movimento, embora desta vez fosse ainda possível trocar algumas palavras com
uma habitante local, aquando da nossa passagem. Aqui temos uma inversão no
percurso, o que tinha sido sempre a subir, passa agora a ser a descer.
As paisagens no caminho até à cascata da Fraga da Pena são
também muito agradáveis, mas o ponto alto de todo o caminho é mesmo esta
fantástica cascata, muito visitada e ponto de referência no concelho de
Arganil, pelas suas águas límpidas que correm sempre com algum vigor vindas da
montanha.
Neste local, provido de mesas, o grupo reúne-se para o
merecido almoço, e para algumas sessões de fotografias, para capturar as águas
correntes que caem lá de cima e alimentam a ribeira da Mata.
Segue-se a aldeia de Pardieiros, já maior, e com um local
muito interessante para parar, para descansar, refrescar, e mesmo ficar um
bocadinho na esplanada antes de seguir viagem. É um ponto de paragem
obrigatório.
A parte final do percurso é feita descendo mais um pouco a
partir dos Pardieiros, até encontrar a ribeira, e depois mais à frente uma
levada, que percorre os socalcos até chegar à aldeia da Benfeita.
O grupo era grande, não deu para estar com todos, porque a
opção foi ficar no final, não deixando ninguém para trás, mas esperamos que
todos tenham aproveitado o dia, para em contacto com a natureza, encontrar umas
geocaches ou pura e simplesmente, aproveitar as vistas que por aqui existem.
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