Tanta coisa....

Tanta coisa que normalmente me passa pela cabeça, por vezes com alguma vontade de partilhar ideias, pensamentos, mas acabo sempre por seguir outro rumo, talvez o mais fácil, e tudo acaba por ficar no esquecimento, ou então na zona das palavras e ideias pendentes, que ao acumular-se nunca acabam por ver a luz do dia.

Assim, vamos esquecer as ideias que existiam, e tentar seguir um rumo, com aquilo que de momento vai fazendo parte dos pensamentos, bons e maus...

Um dos temas que mais me tem preocupado prende-se com a incerteza que todos nos encontramos, é claro que a própria natureza da existência humana é feita de 99% de incertezas, não sendo radical, mas digamos que certo, após o nascimento, só temos a morte, tudo o resto é fruto de variações, umas por nós introduzidas, outras pelas circunstâncias.

A nível individual, apesar de termos exemplos fantásticos, é impossível mudar o que quer que seja, e nós humanos, apesar de termos alcançado feitos enormes, também temos, no período efémero que fazemos parte de uma matéria viva, que pensa e se movimente pelo planeta Terra, poderíamos já ter aprendido mais, e sermos muito mais organizados e civilizados.

No plano mais nacional, e com toda a tristeza, de quem não gosta de ter razão no final, desde há vários anos que o rumo que agora estamos não é bom, e o resultado será mau, para nós e para as gerações que nos irão suceder. A nossa saúde está a caminhar no mau sentido, apesar da opinião quase unânime da boa gestão do atual Ministro... tenho a certeza que o mesmo dará continuação à sua politica quando retomar o seu posto anterior... mas é só um palpite (e estou a mencionar o setor privado onde o mesmo irá colher os proveitos da sua atual sementeira).

A educação, esta, reforma após reforma, segue o pior sentido. O atual ministro é o pior, avaliação pessoal, de quem não tem mais ligações ao sistema do que o ter sido aluno nos vários ciclos de ensino e ter agora familiares bloqueados no acesso ao conhecimento pela falta de docentes, isto num país com milhares de professores no desemprego. Chamar a esta pessoa de expert na área, grande ideólogo... talvez fizesse sucesso noutro mundo, aquele em tudo é uma reta que é paralela a outra reta e se encontram no infinito... talvez lá Sr. Crato, talvez lá faça um bom serviço á humanidade.

O número de anedotas, de tristezas provocadas por quem nos desgoverna é tão grande que seria impossível deixar de escrever, mas pior do que tudo isto, é a falta de esperança em melhores opções, e assim, com esperteza destes Srs todos somos prejudicados.

Apesar de ser um desígnio para todos a baixo de impostos, em que o Governo cria uma equipa para estudar a baixa de percentagem ínfima (poeira, mais poeira para os nossos olhos), quando para aumentar numa desproporção desmedida não foi preciso qualquer estudo..., e estúpidos somos nós, ou melhor burros! Que andamos a houver comentadores do melhor que há a dar cobertura a este logro.

Mas, honestamente, queremos mesmo impostos 0,001% mais baixos e depois ter de pagar pais 100% pela educação, pela saúde, por tudo o que deveria fazer parte do bem comum? Pois é, quem recebe dinheiro sabe-se lá de onde não tem estas preocupações, só lhes interessa não se saber que o tem... e como o tem... e pagar poucos impostos. Agora o trabalhador "normal" (se calhar a maioria dos eleitores) até não se importava de pagar os impostos que paga e receber as devidas contrapartidas do estado e serviços de qualidade prestados e não em gastos indevidos e inimputáveis por parte de políticos incompetentes (e o governo anterior foi o melhor exemplos, mas Sr. Coelho, o Sr. também fica bem nesta figura...).

E assim vai este país... desgovernado... 

Nota: isto não é uma manifestação partidária, porque fosse qual fosse a alternativa provavelmente o resultado seria semelhante, infelizmente.