O mundo...


Nem sempre consigo escrever aquilo que idealizei, e confesso nem sempre aquilo que sai é o que desejo, ou que transmite aquilo que realmente gostaria de passar.
Normalmente, e devido a muitos condicionalismos, os temas abordados têm quase sempre a crise, ou pior o que a mesma nos tem trazido, quer pelas condições económicas, quer pela má gestão de todos os intervenientes que deram e dão origem ao momento atual.
Não tendo qualquer formação em áreas que melhor me permitiriam obter uma melhor compreensão sobre a natureza humana, por vezes é difícil compreender determinadas opções que são tomadas, por uns, mas que vão ter influência na vida de muitos, e nem sempre essa influência é a que seria mais proveitosa para todos. Custa-me a aceitar que tudo esteja a correr de forma errada, não só aqui, neste pequeno retângulo, mas a nível global.

No Sec. XXI, onde grandes progressos científicos, e nalguns casos civilizacionais, foram alcançados, a natureza humana continua com uma visão muito limitada (salvo as devidas exceções, de gente muito valiosa, que vão criando uma boa diferença). Em termos globais, poderíamos ainda alcançar mais prosperidade e progresso se todos tivéssemos um rumo e objetivo comum, que fosse ele mesmo o caminho da conquista global de melhores condições. Claro que atualmente tal é impossível, mesmo nos regimes onde se tentou impor um pensamento e objetivos comuns, tal falhou, porque cada ser humano quer algo diferente… embora, na maior parte, uma pequena franja da população consiga obter os recursos, e depois os meios, para manipular os restantes para que estes ajam em seu favor.

Como uma pessoa não faz a diferença, também não vale a pena perder o sentido do razoável e mergulhar numa amargura sem fim, mas abdicar do que ser considera correto também não é uma opção.
Hoje, ao ler um artigo que foi colocado num blog, http://www.naohapaopamalucos.com/as-diferencas-sociais-na-vida-e-na-morte/ fiquei triste, não apenas porque o tema em si não é dos meus favoritos, talvez porque encarar a morte é algo para o qual nunca estamos preparados, por mais que o digamos, mas é uma inevitabilidade que pode chegar agora ou mais tarde. O que de facto me choca é esta diferença, cada vez mais acentuada, e diga-se que, ao invés do que pensei e acreditei no passado, ela mesma fomentada pelos nossos atuais governantes. É óbvio que não podemos dar tudo a todos, mas será que se aquilo que é abundante, ou por outras palavras, extremamente excessivo, por parte de uma pequena parte, não deveria ser utilizado em proveito de todos. Embora, acredite que no “todos” devem estar mesmo todos, também acredito que a participação nos esforços deve abranger toda a gente. Tal como não deveria ser permitido o pagamento de valores que são uma ofensa para aqueles que nada têm, também deveria ser exigido algo aqueles que nunca fizeram nada, que são saudáveis, e que em troca das ajudas deveriam também eles dar algo à sociedade.

O mundo se calhar está melhor, mas será que está a andar para trás?


Olhando para a vastidão e longevidade do Universo o que me agrada é que um dia as partículas que nos compõe a todos farão elas parte do mesmo pó, e os bens que adquirimos não terão qualquer importância.

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