Uma vez mais a andar para trás…



A minha vontade de escrever sobre este tema é cada vez menor, uma vez que quando pensamos que já vimos tudo, que tudo o que era para acontecer já lá vai… mas não, há sempre algo pior.


Neste momento quase que não tenho grande preocupação com as questões macro, tanto me faz que estes governantes façam bem ou mal, porque o povo também não se importa, o que dá prazer é um dia de praia, ou uma cerveja no café… um dia melhor amanhã, com trabalho? Se preocupa muitos, poucos o demonstram. O que me preocupa é mesmo aquilo que nos diz respeito a cada um de nós no nosso dia-a-dia. Estamos de facto a andar num sentido muito perigoso, em que estamos a ser limitados nas nossas vidas por escolhas muito perigosas, por parte dos nossos governantes, de forma intencional.

Pensava que seria difícil haver escolhas piores que as do governo anterior, mas este consegue bater tudo o que de mau existe, e por larga margem.




Como é que estamos a cobrar mais impostos, e por outro lado a retirar o apoio do estado? Será que se pagamos mais impostos não é para receber mais apoio?

Amanhã um paciente vai chegar ao hospital e vão-lhe dizer que a sua doença oncológica não pode ser tratada com o medicamento X porque esse não consta do orçamento… ou vão-lhe dizer mesmo que não vale a pena tratar, porque só vai ter mais Y meses de vida, e isso não é rentável. Mas quando trabalhamos e contribuímos para o estado, será que não temos direito a retorno?

Também não estou de acordo com o estado tratar todos de forma igual, deve haver uma obrigação de contribuição por parte de todos, especialmente de todos os que são saudáveis. Aqueles que requerem subsídios, rendimentos mínimos, etc, devem também eles contribuir com algo para a sociedade. Não devem ser só aqueles que estão agora endividados e com a corda ao pescoço a contribuir, mais e cada vez mais.
Aqueles cuja situação económica é também mais favorável devem ser incentivamos a contribuir de uma forma positiva, investindo em formas de promover o desenvolvimento da sociedade (não é com o confisco de rendimentos que vamos obter melhores resultados).

Sendo eu um defensor acérrimo, desde o primeiro momento, de uma moeda comum a toda a Europa, creio que chegou o momento de dizer basta! E as hipóteses serão três:
- os países mais ricos poderão impor as suas condições para ajudar os mais pobres, mas terão mesmo de ajudar, e não “roubar”, que é o que está a acontecer neste momento. Como é que eu vou ajudar o meu “irmão”, cobrando-lhe juros sobre um dinheiro que lhe empresto num momento em que ele está numa situação muito complicada, e pior de tudo, estou a lucrar muito com isso.
- os países que estão a perder com esta situação unem-se, deixam esta moeda para os ricos, mas fecham-lhes a porta, não os deixam ter acesso ao mercado sem uma cobrança de impostos bem rigorosa aos seus produtos (os produtos fabricados ou de origem alemã teriam que custar pelo menos 100 vezes mais em impostos), e optam eles mesmo por uma nova união e um novo mercado. Se calhar era melhor assim, tínhamos duas europas… claro que a probabilidade de mais cedo ou mais tarde termos uma guerra era enorme… mas quem é que está a trabalhar contra isto?
-saímos do euro e pronto! Aceitamos as consequências, mas somos senhores do nosso país. E todos os bancos podem falir, porque sejamos honestos, quem é que tem grandes fortunas que se importe com a falência de um banco? São poucos, muito poucos!



Enfim, só me parece que o melhor é não pensar muito… mas que há muito a fazer, lá isso há!

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