As novas fronteiras




O ano de 2013 já vai quase com ¼ percorrido, e infelizmente as notícias que vamos tendo em nada nos deixam contentes, tanto a nível local como a um nível mais europeu.

Confesso que sempre fui defensor de Portugal pertencer a uma União Europeia, onde todos os estados lutavam por ter um projeto comum, e assim caminhar em conjunto para a prosperidade de todos.
Nos últimos anos, diga-se que desde o momento que o atual presidente da Comissão Europeia tomou posse, as coisas nunca tiveram um rumo promissor. Trata-se de uma pessoa sem um rumo, sem uma personalidade que possa agregar vontades e levar os seus cidadãos ao um bom destino, mas antes de uma criatura esguia que vai de acordo com as marés, mas apenas aquelas que lhe oferecem, de mão beijada, o poder que pensa ter. Enfim, uma vergonha para todos nós.

Existem pessoas que ficam na história, e outros que lhe passam ao lado. Mas para aqueles que lutam, ou são empurrados para liderar os destinos dos povos, deveria pelo menos haver a vontade de ser lembrado por bons motivos. Atualmente isso não existe, existem apenas os lucros (mercados e seus derivados) do momento presente, mas isso não ficará como um progresso para a humanidade.


Por outro lado, neste pequeno país, sem as devidas proporções para se fazer ouvir perante o resto do mundo, não exista quem consiga pelo menos levantar palavra perante as injustiças que são provocadas ao seu povo (será que é o seu povo? Será que foram estes os seus eleitores?). Não consigo ainda perceber como é que algum governante pode governar contra os seus, e a favor de entidades externas… pois neste caso nem sequer faz sentido haver eleições, o ideal seria os alemães e seus amigos enviarem para cá um governador, para manter o país subjugado de acordo com os seus critérios, e assim evitávamos de fingir que estamos perante uma democracia.

O que mais me deixa perplexo é a falta de vontade em aplicar a todos os mesmos critérios, e isto apenas se pode justificar com um calculismo para obter proveitos após terminar este período de subjugação deste povo. Qual vai ser o cargo que os atuais governantes após este período? Será que vão ter de lutar pela vida como todos nós? Ou, mais naturalmente será que nós iremos ainda pagar mais por determinados serviços, para lhes pagar rendimentos injustificados.

Hoje vamos ter uma entrevista de um ex-governante, cuja governação não foi de modo algum um exemplo. Confesso que muito me alegrou, no momento, o terminar desse período. Algo que muito critiquei, mas o que veio depois, quase que faz esquecer o mal que estava para trás, de tão mau que é, e de tão fraca qualidade (para nós, povo em geral) dos intervenientes. É óbvio que para um conjunto de pessoas assim está bem, de facto até está muito melhor…

Não se pode, por mais zangados que estejamos, por de parte as opiniões, ou a opção dos outros se expressarem. Claro que o ideal era, para além do julgamento politico, através das eleições, haver também, sempre que se justifique um julgamento judicial dos atos praticados, e assim resolviam-se muitas questões, e talvez a sede de chegar ao topo das decisões fosse menor.
O problema reside sempre no facto de quem tem nas suas mãos a opção de criminalizar o que devia ser criminalizado, não o faz, porque amanhã poderá também ter necessidade de fazer um favor a um amigo, de receber um favor de outro, e assim andamos nós a ver este conjunto de pessoas no circulo de poder, sem qualquer tipo de receio, quer da justiça, que não existe, quer das suas politicas, governam para os futuros empregadores, que lhe irão dar rendimentos muito superiores, mas sempre às nossas custas, através das rendas garantidas nos mais variados setores da economia.

Claro que em última instância a culpa está em cada um de nós, que vamos alimentando este tipo de classe, eleição após eleição, votando nos mesmos, impelidos pelo receio de que os outros serão piores… e até poderão ser, mas só depois de nos livrarmos destes é que poderemos saber. O que interessaria a estes pais era alguém que tivesse um verdadeiro amor à pátria, e perante o exterior defendesse os seus com todas as suas forças, e não o inverso.

Mas em Portugal existe também um conjunto, muito alargado, de cidadãos, que não pensa por si, que não é capaz de refletir nos factos que estão perante si, e assim tomar uma decisão, e se deixa levar por promessas de ilusão, ou pior, muito pior, veste a camisola de um partido, sem sequer saber o que está a defender… não se trata de um clube de futebol, para o qual somos impelidos, por vezes sem sequer sabermos o motivo dos nossos gostos, aqui temos de refletir, porque isto afetará as nossas vidas, mas pior, as vidas dos nossos filhos.

Claro que as escolhas são limitadas, muito limitadas, mas e que tal se escolhêssemos outra coisa! Não interessa o quê, mais para um lado ou para o outro, mas outra coisa, diferente, podia ser que depois estes senhoras tomassem consciência dos seus atos.

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