10 anos de geocaching
Em 10 anos muita coisa muda, muito se passa, e se tudo
correr dentro da normalidade muito há para contar, porque as experiências, as
vivências vão-se acumulando.
A verdade é que até há 10 anos atrás não tinha descoberto o
geocaching e as caminhadas não eram mais do que ocasionais.
O primeiro ponto de partida foi uma caminhada por pela Serra da
Lousã, onde, em conjunto com um fantástico grupo de amigos, liderado
pelo Osims,
nos foi introduzido o gosto pelas caminhadas e anunciada uma caça ao tesouro,
na altura com um especial encanto para as crianças do grupo. Após uma
caminhada, num local de grande beleza, com um tanque de água, com umas árvores caídas,
rodeados por uma paisagem verdejante, decifrámos as pistas, que estavam
impressas numa folha de papel, para procurar então o tesouro… Louzan, mas não tivemos sorte, e nesse primeiro dia
não restou mais do que um DNF…
Umas semanas depois, no dia 27 de julho de 2008, o mesmo
grupo foi até Gois, acampar e aproveitar para caminhar por locais muito
agradáveis junto ao rio Ceira. Já no regresso tivemos uma breve paragem num
local onde nos esperava uma bela pisciana natural e por perto existe esta cache
ÁiÁi... tou que
nem posso! [Amiosinho] , que acabou por ser a primeira descoberta e
iniciação para este interessante passatempo, onde a cache não era mais do que o
tradicional tupperware, dentro de um saco preto.
A partir daqui foi um crescendo, quer de descobertas, quer
de aventuras, que foram moldando estes últimos anos, de onde se pode destacar:
·
Os caminhos e as geocaches que foram sendo
encontrados por muitos locais de Portugal:
o
Coimbra, a minha cidade, com excelentes pontos
de referência, e que a dada altura teve um conjunto de amigos que inovaram na
disponibilização de caches para toda a comunidade;
o
Arganil, de onde provenho e onde na Serra do
Açor tive a oportunidade de conhecer mais recantos, mas acima de tudo, dar a
conhecer a todos um pouco do Piódão e da Benfeita ( Fraga
da Pena [Arganil] ; Posto
de Vigia Monte Redondo [Arganil] ; Mata
da Margaraça [Arganil] ) ;
o
Condeixa, uma nova localidade, que passou a ser
a “minha casa”, e onde foi também possível dar a conhecer mais alguns pontos;
o
A Serra da Freita, que foi descoberta desde o
inicio, quer por fantásticas caminhadas, quer através de um evento que na
altura foi muito interessante (Pedras
Parideiras [Arouca - pt+en] , The
Jump of the Water (Arouca) );
o
A Serra da Estrela, com grandes caminhadas, à
descoberta do Maciço Central, dos Vales Glaciares, sempre com caminhadas de
encher de fantásticas recordações;
o
O Gerês, ainda muito desconhecido, mas já
proporcionado momentos de grande descoberta;
o
As Berlengas, num passeio de barco a partir de
Peniche, com toda a família, numa viagem atribulada, mas compensada pela beleza
natural desta pequena Ilha;
o
Os Açores, onde apenas tive oportunidade de
procurar caches no Faial e na Terceira, em deslocações de trabalho, e onde pude
contar com a participação do meu amigo
o
Na Madeira, onde fizemos alguns percursos muito
bons, e não sendo o principal objetivo o geoic
·
A participação no primeiro MegaEvento em
Portugal, que acabou por ser um mero acaso, pois não tínhamos por hábito a ida
a eventos, mas neste caso foi a família toda, e acabou por ser uma experiência
interessante;
·
Ver nascer uma revista dedicada ao geocaching em
Portugal;
·
No estrangeiro, também tivemos alguns momentos
de descoberta, ainda limitada…:
o
Descobrir Roma através do geocaching, atrás de
cada monumento, de cada esquina, existia uma cache, mas também muita história ( The
Mouth of Truth (La Bocca della Verita) , The
Spanish Steps , SPQR
- IL COLOSSEO ) ;
o
Roménia:
§
Bucareste, grandes passeios, quer a pé com o
DanAL ou de bicicleta com o Biciclaru, com algumas caches inspiradoras, e
grandes desafios para as encontrar (Le
petit Arc de Triomphe du Bucarest) ;
§
Bran, após a visita ao castelo do Drácula,
faltava encontrar uma das mais antigas caches, e só em 2017 é que o objetivo
foi conseguido ( Dracula's
Castle )
o
Hungria
o
Bulgária
o
Em Espanha apenas a realçar a pequena incursão
na Rota dos Tuneis, com um grupo de amigos, num dia memorável.
·
Também deu para conhecer muita gente, e sem
dúvida que permitiu guardar boas recordações de todos os que partilharam
momentos de descoberta, de caminhadas, de aventuras, ou que nos proporcionaram
as melhores caches, mais elaboradas, para além de outros que ficam como
referências e que nos dá prazer seguir as suas publicações, mesmo fora do
geocaching, porque a vida vai muito mais além daquilo que é este passatempo. Ainda
pensei em mencionar aqui os nomes, mas são tantos, embora alguns não nos deixem
ficar indiferentes nestes momentos de lembrança e reflexão, e por isso mesmo o
meu obrigado pela partilha e companhia ao longo deste tempo.
Agora, passado este tempo todo, este mês de julho de 2018 é
quase um voltar às origens, com um found registado, embora não tenha o mesmo
impacto que do primeiro, já na década anterior. A vontade de conhecer novos
locais e fazer novas descobertas mantém-se, mas o fascínio por aumentar o
número de founds, esse já lá vai….
O anterior resumo é uma ínfima parte do que há / houve neste
período, mas é impossível, num breve texto, colocar tudo o que foi acontecendo…
Obrigado a todos pela partilha destes momentos, em especial
à família, que, apesar de alguns exageros, nunca deixou de me apoiar.
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