Na Serra do Açor e na Serra da Lousã
De
volta a este país, onde a europa termina, e começa o grande oceano, é bom
também retomar o contacto com as nossas origens, percorrer as nossas Serras, e
admirar os encantos da nossa terra.
Pelas
minhas origens, a Serra do Açor assume
sempre um caracter mais marcante, apesar de não ser referenciada com a mesma
relevância que sucede com outros pontos deste pais, tal como a sua vizinha
Serra da Estrela, é sempre uma zona que tem para nos oferecer paisagens
deslumbrantes, marcadas pelo Xisto, muito presente na sua formação rochosa.
A
estrada que nos leva desde a vila de
Côja até à aldeia de Piódão pode ser considerada como um dos locais mais
aprazíveis para se observar grandes extensões, que vão desde a montanha na
nossa proximidade, até a planícies pelo meio, passando pela Serra do Caramulo
mais ao longe, a Serra da Estrela, sempre bem visível e imponente, e de alguns
pontos mais elevados também se observa a Serra da Gardunha, a Serra da Lousã, e
ainda a zona montanhosa da Pampilhosa da Serra.
Como
um dos objetivos era chegar um pouco mais acima, aproveitei para ir pelas
estradas mais recentes, não pavimentadas, que nos levam até às grandes torres Eólicas que por ali se encontram. O
caminho é simples, mas com uma beleza extraordinária, permitindo-nos uma
perspetiva de 360º, abrangendo toda a zona serrana.
O
destino final era a aldeia do Piódão,
embora neste caso o objetivo não fosse o de visitar detalhadamente a aldeia,
que merece sempre uma paragem, mas apenas de fazer um bocadinho do percurso que
vai até à aldeia de Foz de Égua, e tratar de repor umas caches que tinham ido com o “vento”…
objetivo cumprido, em que deu também para observar a grande quantidade de
caminheiros, a maioria em família, que usufruem deste percurso, que é daqueles
que permitem que todos possam participar sem problemas.
…
Uns
dias mais tarde outra serra no meu caminho, esta mais perto de casa, embora não
tão perto das origens, a Serra da Lousã. Creio que em tamanho mais
reduzida do que a Serra do Açor, mas em beleza não fica atrás.
As
aldeias
de xisto também
aqui fazem parte dos cenários de encanto, e proporcionam-nos bons momentos de
caminhada. Desta vez, tendo como objetivo a descoberta da cache, Tesouro do Candal,
vim até à aldeia do Candal, se calhar a primeira que tive
oportunidade de conhecer nesta serra, há já muitos anos, mas cujos detalhes
ainda não tinham sido por mim observados.
Para
além duma subida até ao miradouro, quase no topo da aldeia, há também um percurso que vai até à zona do Castelo.
Fiz parcialmente este caminho, até uma cascata, que para meu encanto, ainda se
encontrava com água. Um local de acesso não muito fácil, mas de uma beleza
extraordinária.
Duas
Serras, duas zonas fantásticas, cheias de recantos escondidos, à nossa espera
para serem descobertos.
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